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O que é Startup? Entenda o que é, e aprenda conceitos básicos

O que é Startup?  Entenda o que é, e aprenda conceitos básicos
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Existem diversas definições para o termo “startup”. Algumas ligam ao fato de ser um rupo pequeno de pessoas montando uma empresa ou que começam com poucos recursos. Também falam em empresas que encontram um problema para resolver e buscam alguém para financiar a nova empresa.

Outras definições incluem apenas empresas relacionadas à tecnologia. Alguns acreditam que empresas como Google e o Facebook são startups, apenas por serem empresas tecnológicas. Mas na realidade, ser uma empresa tecnológica não é um requisito para ser considerada uma startup.

O que significa startup

Atualmente, a definição mais aceita para o que é startup, é:

“Startup é um grupo de pessoas unidas para resolver um problema muito difícil, que buscam encontrar um modelo de negócio que seja escalável e repetível, mesmo em um ambiente de grande incerteza”.

Como vimos, essa definição não diz nada a respeito do tamanho deste grupo. Nem quais os recursos que ela possui. Mas sim, que um grande problema a ser resolvido deve estar no centro da atividade dessa empresa. Além de dar sinais que o negócio possa prosperar e gerar lucro aos sócios e investidores no futuro.

Empresas disruptivas

As startups por natureza, são empresas ligadas a disrupção. Segundo Clayton Christensen, professor da Universidade de Harvard que inventou o termo “disrupção”. Esse termo está relacionado a criação de produtos que pela sua entrega de valor diferenciada, ameaçam grandes empresas que lideram certo mercado. Mesmo tendo um porte menor inicialmente.

Podemos citar algumas empresas disruptivas. Por exemplo, a Tesla, empresa americana automobilística, que acredita na fabricação de carros elétricos como o futuro do mercado em que atua. Enquanto seus concorrentes ainda estão focados na produção de carros movidos a combustíveis fósseis.

A Tesla trouxe ao mercado, carros elétricos com grande autonomia. Além de serem elegantes e cheio de tecnologia, ao contrário dos seus antecessores que tentaram trazer os carros elétricos ao mercado.

Crescimento

Uma startup, na maioria das vezes, possui um crescimento acima das demais empresas por aplicarem técnica e metodologias mais simples. Por exemplo, que permitam avançar com menos burocracia. Assim como a metodologia Lean, que traz o MVP (que veremos mais abaixo).

A exclusão da burocracia nos processos de uma startup é uma característica determinante para o seu sucesso. Assim torna possível testar hipóteses com mais frequência e mudar de direção sempre que se mostrar necessário.

Em outras palavras, podemos dizer que, para uma startup atingir um estado de crescimento saudável, é necessário encontrar formas de ser escalável e repetível a longo prazo.

Escalável e Repetível

Para uma empresa se tornar escalável, deve esta consiga aumentar o número de clientes sem aumentar seus custos, nas mesmas proporções. Por isso é necessário desenvolver processos automatizados. Com isso, usar o máximo de recursos reaproveitáveis.

MVP

MVP, ou produto mínimo viável (do inglês, Minimum Viable Product), é uma metodologia que sugere a criação do produto da startup, com apenas o essencial para que o negócio funcione. Dessa forma, é utilizado para testar as hipóteses e colher feedback antes de realmente construir o produto todo.

Diante disso, usando o MVP, é possível saber a aceitação que certo produto terá no mercado. Bem como, falamos anteriormente, sua escalabilidade e repetibilidade. É possível levar o produto ao mercado demandando um número menor de recursos.

Aplicando o MVP em uma startup

O MVP deve ter as características essenciais que o produto deverá ter. Isso não pode ser confundido com fazer um produto “meia boca”. Isso é, o MVP não é o produto pela metade, e sim, um número menor de recursos bem finalizados.

Para decidir quais recursos o MVP deve ter, é necessário olhar qual a função principal. Ou quais as funcionalidades que se não existissem, descaracterizaria o produto.

O MVP deve ser lançado para um grupo de pessoas, às quais seja possível recolher feedbacks.
feedback é muito importante para saber se o seu produto tem aceitação do mercado. Bem como, se as pessoas estão propensas a pagar pelo produto ou se mesmo elas veem valor agregado ao produto.

Do MVP ao mercado

Para fazer o MVP realmente virar um produto de mercado, é necessário ajustar o produto de acordo com os feedbacks dos clientes e tornar o produto escalável. Só depois de entender que realmente o produto conseguira ter tração do mercado, é que o MVP pode ir para o mercado.

Mas ir para o mercado não quer dizer que é necessário recriar todo o produto, ou o produto completo já. Por exemplo, em casos onde os produtos são plataformas de serviço online, como as plataformas SaaS, é possível ir crescendo o produto pouco a pouco. Já para os casos de produtos físicos, também é possível criar versões do produto, até chegar ao produto completo.

Cuidado com o produto completo

O produto completo é muitas vezes uma ilusão, o seu produto nunca chegará a ser completo realmente, sempre terão coisas novas para serem feitas, novas tecnologias para serem adotadas e recursos solicitados pelos clientes para serem implementados.

Muitas empresas se perdem ao tentar montar o produto completo. Acabam perdendo muito tempo e quando finalmente acabam lançando seus produtos, o mercado já mudou, e toda aquela ideia que era válida no começo, não está mais de acordo com o mercado atual necessita.

Mercados de atuação

As startups podem ser classificadas em algumas subcategorias baseadas nos setores que atuam.

Fintech

As fintechs fornecem serviços voltados ao mercado financeiro, nesta categoria encaixam as startups de pagamento, empréstimos, seguros (insurtechs que veremos abaixo), criptomoedas e de gestão de finanças.

Edtech

São as startups que oferecem seus serviços ao setor de educação. Podemos destacar as plataformas de cursos online e apps de ensino de línguas.

Healthtech

Recebe essa definição as startups que atuam fornecendo soluções inovadoras sobre saúde. Por exemplo, as empresas que fabricam os monitores de saúde, farmacêuticas e de relacionamento entre médicos e pacientes.

Agritech

Agritechs são as empresas de soluções agrícolas. Este é um mercado que possui um crescimento expressivo. Se encaixam nesta categoria startups que oferecem soluções de monitoramento de lavouras e otimização do plantio.

Insurtech

São as startups da categoria de fintechs que oferecem soluções de seguros. A disrupção nesta categoria vem da facilidade na contratação das apólices através da internet e aplicativos.

Empreendedorismos

Existe uma ligação muito grande (ou muitas pessoas enxergam esta ligação), entre empreendedorismo e startups. Na maioria das vezes, as startups são fundadas por uma ou até quatro pessoas, que acabam montando uma empresa para solucionar um problema que encontraram.

Estes empreendedores iniciais acabam ficando com as vagas de gerência, e administrando nos anos iniciais o rumo da startup.

Cultura

Muitas vezes criada pelos seus fundadores e primeiros colaboradores, a cultura dos primeiros dias de uma startup, acabam por refletir em como a empresa acaba evoluindo e crescendo.

As startups são conhecidas por possuírem uma cultura muito diferente das grandes empresas. São mais flexíveis e menos formais, seus processos são mais simples e ágeis.

O motivo para essa cultura diferenciada das grandes empresas, acontece muitas vezes por causa do perfil dos fundadores, que são muito jovens, e é natural que busquem algo alternativo ao que o mercado proporciona, até mesmo por também possuírem o perfil de empreendedores.

Investimento em startups

Na maioria das vezes, as startups acabam ganhando investimentos no início e sendo compradas por empresas maiores mais tarde. Estes investidores podem ser uma empresa ou grupo de pessoas, ou até mesmo uma única pessoa, chamada de investidor anjo.

Quando uma startup está nos seus dias iniciais, algumas startups podem começar bem sem necessitar de investimento externo, em outros casos, para que a startup seja criada, é necessário o investimento até para dar os primeiros passos.

No momento em que a empresa começa a lançar seu primeiro MVP, ou ter seus primeiros clientes, começam a receber investimentos para aumentar o seu valor no mercado, onde estes investimentos estimam o valor futuro que a startup pode alcançar.

Quando uma startup atinge sua maturidade, é normal que sejam vendidas a grandes empresas com maior poder financeiro e de mercado, onde os fundadores e investidores ficam com o valor pago pela empresa e em alguns casos com participações acionárias da startup.

Mas estas compras não necessariamente fazem com que os investidores tenham que abandonar a empresa, pelo contrário, o mais comum é que mesmo depois que estas startups são adquiridas, seus fundadores continuam a gerir a empresa, mantendo a visão e cultura iniciais.

Mas os investimentos não são essenciais e nem obrigatórios para as startups. Muitas startups conseguem crescer com pouco investimento, onde este investimento é feito pelos próprios fundadores. Em alguns casos, o maior investimento que uma startup precisa é o tempo que os fundadores dedicam na criação do produto.

Exemplos de startups

Atualmente, o crescimento do número de startups é cada vez maior. Veja abaixo uma lista de startups que acabaram se tornaram grandes empresas.

Uber

Fundado em 2009 por Garrett Camp e Travis Kalanick, o Uber é uma plataforma que permite que indivíduos prestem o serviço de carona remunerada a outras pessoas usando seus próprios carros.

Teve seu foco inicial em ser uma plataforma que fornecia o serviço de táxis de luxo, mas atualmente também fornece seus serviços de carona com baixo custo. Sua disrupção foi confrontar o mercado atual de táxis, que ofereciam um serviço de péssima qualidade e custos mais altos.

O Uber trouxe um serviço diferenciado e de qualidade, com baixo custo e a comodidade de solicitar uma corrida facilmente pelo seu aplicativo.

Spotify

O Spotify chegou em 2008 ao mercado oferecendo uma forma diferente de cobrar pela pelo acesso das pessoas as músicas. Ao invés de cobrar cada vez que uma música é baixada, optaram pelo modelo de cobrança recorrente. Onde a cobrança é realizada mensalmente, oferecendo streaming sem limite de músicas ouvidas no período.

Netflix

O Netflix é o mais antigo desta lista, sendo lançado em 1997. Sua verdadeira disrupção começou quando deixou de lado o serviço entrega de DVD por correio em 2007, para lançar sua plataforma de filmes por streaming.

O Netflix, seguindo a tendência do Spotify, optou pela cobrança recorrente. Assim deixou de cobrar pelos filmes alugados, e passou a cobrar uma mensalidade que dava acesso a todo o catálogo durante 1 mês.

Google

Em 1998, os estudantes da Universidade de Stanford, Larry Page e Sergey Brin, lançaram o serviço de busca Google. Optaram por deixar de lado o rankeamento pelo número palavras-chave que uma página continha e escolheram usar o PageRank. Que dava a relevância a uma página pela quantidade de links externos que apontavam para uma ela.

Começaram com o grande desafio de “organizar a informação mundial e torná-la universalmente acessível e útil”.

Nubank

O Nubank é uma startup (ou fintech) brasileira lançada em 2013 por David Vélez, Cristina Junqueira e Edward Wible. Foi criado com o objetivo de ir contra os grandes bancos que cobram altas taxas de mercado. Além de fornecem um serviço de péssima qualidade. O Nubank começou com seu cartão sem anuidade e hoje já chega a fornecer até contas de pagamento.

Airbnb

Em 2008, Brian Chesky, Joe Gebbia e Nathan Blecharczyk fundaram o Airbnb depois de terem a ideia lançar uma plataforma onde indivíduos podem alugar para outras pessoas, quartos ou até mesmo casas inteiras.

Atualmente é considerado a maior empresa de hotelaria do mundo, sem ao menos possuir um hotel.

Sua disrupção está em, assim como o Uber, tornar possível que indivíduos prestem serviços a outros indivíduos.

Sobre o autor
Evandro Zanatta
Evandro Zanatta Especialista no desenvolvimento e crescimento de startups e produtos. Acredita no uso de data-driven para elaborar as melhores estratégias, alcançar os melhores resultados e sempre seguir no caminho correto. Tendo atuado em grandes plataformas de e-commerce e atendimento, atualmente lidera o time de marketing da Yapay, plataforma de pagamento do grupo Locaweb.
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